Este espaço comunicativo foi pensado com o propósito de facultar a todos os interessados um conjunto de reflexões e recursos didácticos relativos ao ensino das disciplinas de Filosofia e Psicologia, acrescentado com alguns comentários do autor.

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Quarta-feira, 1 de Abril de 2009

Bento XVI e a Bomba demográfica

  «A pobreza é o rastilho da bomba ‘‘D’’ (bomba demográfica). No relatório anual do FNUPA, Fundo das Nações Unidas para a População, é dito que «desde 1970, nos países menos desenvolvidos, mas com menor fertilidade e menor crescimento da população, foi vista uma maior produtividade, uma maior poupança e um maior investimento produtivo».

O relatório lembra que mais de 3 mil milhões de pessoas vivem com menos de 2 Euros por dia e mil milhões vive com menos de 1 Euro.
Segundo a directora executiva do FNUPA, Thoraya Ahmed Obaid, «a falta de cuidados de saúde, incluindo cuidados de saúde reprodutiva, e a iliteracia são companheiros inseparáveis da pobreza».
Os números do relatório deste ano mostram que «a fertilidade e o crescimento da população são mais elevados nos 45 países menos desenvolvidos», que estão no continente africano e na Ásia.
Deste modo, a população dos 45 países menos desenvolvidos vai triplicar nos próximos 50 anos, de 600 milhões para 1,8 mil milhões.
As estimativas apontam para um aumento de 50 por cento da população mundial no prazo de cinco décadas.
Também as estatísticas demonstram que o crescimento urbano é mais rápido nas regiões menos desenvolvidas.
Este crescimento urbano é impulsionado por uma crise no mundo rural, que leva estes novos pobres «sem terra» a procurar as periferias urbanas. Assim a crise económica representa também um défice ecológico. O ambiente foi, aliás, o tema do ano passado do relatório anual do FNUPA.
Este ano, ao centrar-se na pobreza a análise do FNUPA considera que uma «queda de 4 por mil na taxa de natalidade iria traduzir-se num declínio da população que vive em extrema pobreza; seria uma quebra de 2,4 por cento na próxima década.
Assim para o FNUPA, o acesso universal à contracepção deve ser uma prioridade até 2015, como foi estabelecido na Cimeira Mundial da População, em 1994.»
 
José Milheiro, Notícias Lusomundo, 3 de Dezembro 02
 

  
Recentemente, o Papa Bento XVI, horas antes de aterrar nos Camarões, defendeu, mais uma vez, a posição oficial da Igreja (apresentada na Carta Encíclica Humanae Vitae): a solução para o problema da SIDA não passa pelo preservativo – aliás, “a sua utilização agrava o problema” – mas sim pela abstinência sexual.
Ora, em pleno século XXI onde a ciência, o conhecimento e a comunicação são também um imperativo moral, como conciliar esta orientação com a realidade que nos entra pelos olhos dentro todos os dias e que é questionada pelos próprios membros do clero que, em África, trabalham com as vítimas do vírus? Será que só o “despertar espiritual e a amizade pelos que sofrem” é suficiente para pôr fim a esta pandemia? Será que o contributo da Igreja não pode ir um pouco mais além das soluções espirituais e morais? E a solução educacional? É a moralidade inimiga da verdade? É a investigação científica inimiga da realidade? Que lobbies defenderá ela divergentes dos professados pela Igreja Católica Romana?
Em última instância, é a fé inimiga da ciência e do conhecimento que esta produz? Convém aqui, também, lembrar que só recentemente o Vaticano outorgou as verdades científicas professadas por Galileu. Como diz o povo, “mais vale tarde do que nunca”! Contudo, e como seria de esperar, as declarações de Sua Santidade depressa produziram contra argumentos: Na Europa, vários políticos e organizações já se manifestaram contra esta declaração e, na sua terra natal – Alemanha – a própria Ministra da Saúde, Ulla Schmidt, afirmou: “Os preservativos salvam vidas na Europa ou em qualquer outro continente”. Também a Igreja católica alemã se opôs à opinião de Bento XVI, e num artigo publicado no semanário alemão Die Zeit, o bispo auxiliar de Hamburgo, Hans-Jochen Jaschke, escreveu: “quem tem sida e uma vida sexual activa, quem procura diferentes parceiros, deve proteger-se e proteger também os outros”. Curiosamente, no mesmo dia, o Bispo de Viseu, Dom Ilídio Leandro, veio a público defender o uso do preservativo por pessoas portadoras do vírus da sida, como forma de impedir a propagação da doença. Então, e como ficamos? Para já, ficamos a saber que declarações deste tipo são irresponsáveis e em nada contribuem para resolver o problema. É como deitar petróleo em cima um fogueira que já arde! A humanidade sabe, a partir de agora, que a Igreja não faz parte da solução, mas sim do problema.
 
Miguel Alexandre Palma Costa

 


rotasfilosoficas às 10:05

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