Este espaço comunicativo foi pensado com o propósito de facultar a todos os interessados um conjunto de reflexões e recursos didácticos relativos ao ensino das disciplinas de Filosofia e Psicologia, acrescentado com alguns comentários do autor.

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Sexta-feira, 25 de Setembro de 2009

Fome: é um imperativo moral ajudar

 

Por mais estranho que possa parecer, dos mais de seis mil milhões de seres humanos que actualmente existem no mundo, cerca de metade permanece num estado de pobreza absoluta e esta define-se (segundo o Instituto Worldwatch) como «a ausência de rendimentos suficientes em dinheiro ou em espécie para satisfazer as necessidades biológicas mais básicas de alimentação, vestuário e habitação». Ora, é precisamente esta realidade que o vídeo “Chiken à la Carte”, de Ferdinand DiMadura, nos exibe com imagens de significativa dureza e ao mesmo tempo realismo.
A pobreza absoluta é sem dúvida a principal causa do sofrimento humano, e este vídeo mostra-nos precisamente a realidade de um país asiático onde a discrepância entre o rural e o citadino, entre a cultura camponesa (orientada para a auto-suficiência alimentar e uma agricultura familiar) e a vida na cidade (onde as cadeias internacionais de Fast food – MacDonald’s, KFC, Pizza Hut, etc.) são a base de uma nova economia que procura resolver o problema alimentar do mundo, mas que em vez disso parece tê-lo agravado. Ou seja, a fome no mundo não é um fenómeno novo, mas o que se está a passar é um escândalo e uma vergonha: a fome de uns parece ser fonte de lucros do grande capital financeiro e os lucros aumentam na proporção em que aumenta fome.
Por outras palavras, grandes empresas multinacionais parecem estar a aumentar os seus lucros graças ao aumento do preço das sementes e dos cereais, mas também ao aumento dos custos dos transportes e à subida do petróleo. Existe ainda a questão da reserva de terra agrícola para produção dos agro-combustíveis, e tudo isto conduz a aumentos especulativos dos alimentos, o que por sua vez leva ao aumento da fome e subnutrição de milhões de pessoas e esta realidade já não pode ser disfarçada com as “caridosas” ajudas alimentares de países como os EUA ou mesmo a União Europeia. Desta terrível (mas evitável) realidade, onde as crianças são as primeiras e principais vítimas, emerge a todos nós uma obrigação ética de ajudar, ou será que podemos ser moralmente neutros? Isto é, certamente condenaríamos quem enviasse comida envenenada às crianças que surgem no filme e assim lhes causasse a morte, mas não condenamos quem nada faz – isto é, provavelmente grande parte de nós – para impedir que as mesmas morram à fome.
O ser humano, que naturalmente é definido pela sua acção, relativamente à questão da pobreza e à sua face mais visível e agonizante que é a fome, parece ainda hoje, em pleno século XXI, “pecar” pela omissão dos actos e permitir que seres humanos inocentes morram. É urgente alterar esta situação e ajudar a salvar vidas, pois isso não significa sacrificar nada que seja realmente importante para nós!
 
Miguel Alexandre Palma Costa
(Sobre o vídeo “Chiken à la Carte”)

rotasfilosoficas às 20:15

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Quinta-feira, 10 de Setembro de 2009

Ser ou parecer?

 

Diz o ditado – que teve origem num escândalo, em Roma, por volta do ano 60 a.C., envolvendo Júlio César, sua mulher (Pompéia) e um nobre pretendente (Clódio) - que “à mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta”.

E os nossos políticos? Precisam de ser honestos e agirem como tal ou basta disfarçarem a sua (des)honestidade em tempo de campanha política e depois revelarem o seu verdadeiro ser?

Reza a história que a moda, ou melhor, o culto da imagem associado à política surgiu pela primeira vez no reinado de Luís XIV, o rei sol, em França. Todavia, mais perto da actualidade, esta associação entre imagem do político e número de votos viria a ser importante, por exemplo, no debate televisivo para a campanha presidencial de 60, entre Kennedy e Nixon, onde a imagem de jovem galã seria decisiva para a vitória do primeiro.

Ora, parece que Portugal, ou melhor, os assessores de comunicação e o staff dos partidos políticos já perceberam a importância deste jogo entre a ilusão e a realidade, pelo que a líder do maior partido da oposição, neste momento em campanha eleitoral, se recusou mesmo a participar em comícios ou manifestações políticas, podendo assim “desiludir” os seus potenciais eleitores e, quem sabe, até alguns militantes do seu partido…

Mas, a expressão “uma imagem vale mais que mil palavras” parece também estar aqui em sintonia com esta nova forma de fazer política e de vender um produto a um consumidor que apenas conhece o seu exterior (aparência) e nada sabe do seu interior (essência). Isto é, as caras dos actores políticos entram-nos naturalmente pelos olhos a dentro muito antes de sabermos qualquer coisa sobre si mesmos, de sabermos como interpretar a linguagem que expressam e a imagem que procuram veicular… aliás, a velocidade a que correm as imagens na televisão é completamente incompatível com a velocidade cognitiva e reflexiva que o cérebro necessita para as poder analisar…

Portanto, com base nesta nova realidade parece que analisar os nossos políticos é cada vez mais uma tarefa impossível e desnecessária. Por exemplo, como catalogar pela imagem os actuais líderes e candidatos a primeiro-ministro de Portugal?

Jerónimo de Sousa (líder do PCP e candidato pela CDU) – parece ser o único “indiferente" em relação à moda, ou melhor, não se preocupa em gastar muito dinheiro na compra de coisas supérfluas; sabe o quanto custa o dinheiro; fisicamente tem boa aparência e parece ser alguém que demonstra grande coerência entre o discurso e o carácter. É portanto, como se diz na gíria popular, alguém a quem se pode confiar um familiar, a quem se pode vender o carro…

Paulo Portas (líder do CDS-PP) – é o emblemático “menino de boas famílias” que estudou em colégios privados e em casa teve uma vida cultural intensa; veste bem e cuida da sua imagem pública; clássico mas vaidoso; tenta demonstrar tranquilidade e pose de estado - responsabilidade; acutilante, directo, claro e objectivo no discurso (não fosse, por formação, jornalista), embora o seu conteúdo por vezes pareça à opinião pública mascarado de oportunismo.

Francisco Louçã (líder do BE) – demonstra grande descontracção quer na forma como se veste (não usa gravata) quer na forma como procura passar a sua mensagem política. Informal, considera-se o líder da esquerda em Portugal e aquele que é mais coerente com a sua ideologia e postura políticas. Objectivo, claro e bastante crítico; próximo dos jovens, trabalhador e alguém que não cede nem demonstra medo em denunciar a corrupção que perpassa na sociedade/estado.

José Sócrates (líder do PS e actual Primeiro-ministro) – nas suas palavras, “determinado”, embora a opinião pública o considere “teimoso, obstinado” e até mesmo cego em relação a algumas realidades. Vaidoso, grande comunicador e argumentador. Demonstra grande à-vontade perante a comunicação social, embora por vezes se exalte. Fisicamente, com boa aparência, inteligente e corajoso. Nem sempre coerente entre o discurso e a acção. Responsável, mas também alguém que não olha a meios para atingir os fins.

Manuela Ferreira Leite (líder do PSD) – a dama-de-ferro à portuguesa; nas suas palavras, aquela que diz a “verdade”, resta saber que verdade é esta?; tecnocrata; ex-ministra da educação e das finanças que fez grandes e importantes reformas, portanto; reformista. Determinada, com um guarda-roupa desactualizado e uma imagem, que talvez também derivada à idade, necessita de ser mais cuidada; coerente na relação entre o discurso e o carácter; a imagem da avó que sabe o que quer para os seus netos e que ainda quer mandar…

 

Com o perfil destes candidatos, resta-nos perguntar como estará Portugal em 2013?

 

Miguel Alexandre Palma Costa


rotasfilosoficas às 11:39

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