Se o professor só trabalhasse efectivamente 35/40 horas semanais (…), se o professor não comprasse o seu próprio material de trabalho (…), se o professor só ensinasse e falasse sobre matérias/assuntos para os quais está científica e profissionalmente habilitado (…), se o professor se limitasse a trabalhar no seu local de trabalho (…), se o professor verdadeiramente usufruísse do direito a emitir opiniões/recomendações e fosse escutado sobre as orientações e funcionamento do estabelecimento de ensino em que trabalha e sobre o sistema educativo em geral (…), se o professor fruísse efetivamente da liberdade de escolha dos métodos de ensino, de tecnologias/técnicas de educação e dos meios auxiliares de ensino mais adequados (…), se o professor desfrutasse de uma prática pedagógica de qualidade, enquadrada em horários que salvaguardassem o seu trabalho individual, colaborativo e a vida familiar/pessoal (…), se professor auferisse uma remuneração objetivamente compatível com as qualificações e exigências profissionais que lhe são prescritas (…), se o professor ainda ocupasse a importância social que a função docente majestosamente tem na preparação de todas as outras funções sociais, (…) se algumas destas condições tivessem sido acolhidas nos últimos anos em Portugal, estou bem seguro que a escola hoje não seria tal qual como a conhecemos.
Valerá ainda a pena ter esperança numa profissão como esta e num país assim?
Miguel Alexandre Palma Costa
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