“Pensar fora da caixa” é algo escasso ou raramente visto na atividade política regional e nacional, mesmo em período pré-eleitoral para importantes atos que se aproximam.
É cada vez mais incomum assistirmos, num qualquer ator e/ou representante político, à capacidade de sair do pensamento, da linha, molde, do vocabulário, argumentário tradicional – algo até maniqueísta – a que o espetáculo mediatizado da política nos familiarizou e acostumou.
As ideias, as propostas e o discurso estão cada vez mais uniformes e empobrecidos. Os políticos preferem deter-se com os procedimentos e normativos, ataques pessoais, manobras de diversão, etc., e com isto afastam-se cada vez mais dos problemas (revelando um limbo de ineficácia), da realidade dos cidadãos e de um qualquer projeto de futuro. A mobilização dos cidadãos para a política é cada vez menor, é um facto, e o ressurgimento e reforço do ‘populismo’ assoma já em vários países e continentes.
Ora, será assim tão difícil deixar esse vício de pensar de forma convergente/igual e começar a inovar? Será problemático ter um pensamento livre e criativo e começar por outro lado, por fazer diferente, por mudar?
Será que estamos efetivamente condenados a que o sistema não se renove ou a que, mudando alguma coisa, tudo fique na mesma?
Dizem que renovação do sistema é urgente, mas quem está efetivamente animado para avançar? Quem quer assumir verdadeiramente uma alternativa, mas aquela onde se invistam em novas potencialidades, novas metodologias e ideias verdadeiramente transformadoras?
Entretanto, Portugal (e milhões de portugueses abstencionistas) continua à espera.
Miguel Alexandre Palma Costa
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